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  • Tudo resolvido, afinal? Mais notas sobre Warner, Disney, Diamond e a NBA na TV

    Tudo resolvido, afinal? Mais notas sobre Warner, Disney, Diamond e a NBA na TV

    A última quinzena foi decisiva para os negócios de dois parceiros importantes da NBA.

    Primeiro, no último dia 14, a Justiça norte-americana aprovou o plano de recuperação judicial apresentado pelo Diamond Sports Group, cujas emissoras transmitem localmente as partidas de treze dos times da liga.

    E depois, nesta segunda-feira (18), a NBA e o conglomerado Warner Bros Discovery anunciaram que finalmente atingiram um entendimento quanto ao litígio que existia desde quando foi anunciado o acordo de 11 anos com a Amazon.

    Esses dois desenlaces trazem um pouco mais de clareza sobre o futuro das transmissões da NBA, nos Estados Unidos (nacionalmente, mas também no plano local) e no mundo, uma história que tem sido extensivamente tratada pelo 48 Minutos.

    Os detalhes

    Algumas horas depois do acordo anunciado entre NBA e Amazon – que essencialmente tirava a TNT do tabuleiro – a Warner Bros Discovery publicou um comunicado na rede X. Revelou que havia igualado a oferta da gigante do streaming, e que a liga tinha a obrigação contratual de aceitá-la.

    O “barulho” pode não ter servido para recuperar os direitos de difusão da liga, mas o acordo desta semana mostra que ele provavelmente tinha fundamento.

    A Warner Bros Discovery pode dizer que não deixou a parceria com a NBA de mãos abanando: manteve os direitos internacionais tanto do programa “Inside the NBA”, que passa para a tela da ESPN/ABC/Disney+, quanto para os canais Bleacher Report e o House of Highlights, que poderão exibir lances, para o mundo inteiro, nas redes sociais ou usá-los em programas originais. A TNT ainda vai poder adicionar ao seu catálogo novas atrações como jogos da conferência Big 12 do NCAA, além de eventos como Roland Garros e Nascar.

    Casa nova… ou quase isso

    Outro problema resolvido com o aperto de mão entre Adam Silver e os executivos da Warner foi o futuro do programa “Inside the NBA”, o mais popular dentro do ecossistema da liga.

    A atração comandada por Ernie Johnson, Charles Barkley, Shaquille O’Neal e Kenny Smith teve a sua continuidade assegurada. E apesar de ser transmitida pela ESPN, deve continuar sendo produzida nos estúdios de TNT, em Atlanta.

    Nos últimos meses, um certo clima melancólico de despedida já aparecia em algumas edições do show, que era reforçado por declarações fora do ar de seus integrantes.

    De agora em diante, porém, o clima tem tudo para mudar radicalmente. Johnson e Barkley, apesar de já ter até declarado que pretende se aposentar, têm contrato vigente com a Warner, enquanto O’Neal e Smith teriam todo o interesse em renovar com a emissora, segundo artigo publicado por Andrew Marchand no The Athletic.

    O autor nota ainda que o acordo costurado por James Pitaro, CEO da ESPN, reforça uma tendência recente na emissora, que sempre centralizou a sua produção em Bristol, Connecticut, mas tem sido mais flexível ao fechar acordos com seus mais recentes contratados. O âncora Pat McAfee, por exemplo, comanda seu popular show a partir de Indiannapolis, enquanto Peyton Manning produz seu “Manningcast” de casa, em Denver.

    Diamond de volta ao jogo

    Depois de 20 meses sob a ameaça da falência, o Diamond Sports Group teve sua recuperação judicial aprovada. De acordo com o conglomerado, quase todos os seus contratos vigentes foram renegociados, eliminando mais de $ 8 bilhões (!) em dívidas ao longo do processo, e reconhecendo que vinha trabalhando com balanços superalavancados com quase $ 9 bilhões em “dívida financiada”.

    Na decisão, o juiz disse entender que muitos empregos estavam sendo protegidos ao permitir que o Diamond Sports se reestruture. No entanto, ainda há bastante pessimismo por parte de alguns times parceiros do grupo, segundo as fontes entrevistadas pelo The Athletic.

    O portfólio do Diamond Sports na NBA inclui 13 franquias, cujos jogos atualmente vêm sendo transmitidos na versão rebatizada da finada Bally Sports, a FanDuel Sports Network. O grupo deve vender pacotes de subscrição, mas os jogos também poderão ser adquiridos via Amazon Prime, por uma taxa adicional. Aqui, nada de novo: é só mais um dia de rio correndo em direção ao mar.


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  • Temporada 24-25, Semana 4: O invicto segue; Wemby explode e mais

    Temporada 24-25, Semana 4: O invicto segue; Wemby explode e mais

    Estamos avançando a passos largos na temporada da NBA, a liga mais agitada do mundo.

    Gregg Popovich sem previsão de retorno

    Depois de ser afastado da função de técnico dos Spurs por uma emergência médica, a franquia finalmente liberou atualização sobre o estado de saúde do lendário técnico. Pop sofreu um AVC classificado como leve e está em processo de recuperação. Brian Wright, GM da equipe, disse também que o técnico está bem, mas naturalmente não existe uma data para retorno às atividades. 

    Em homenagem ao técnico

    Na quarta-feira (13), Wemby conseguiu sua primeira partida de 50 pontos na NBA. Aos 20 anos e 314 dias de idade, o francês se tornou o 3º mais jovem da história a atingir a marca. A lista conta com Brandon Jennings, LeBron James e Devin Booker à frente dele. Na ocasião, os Spurs venceram os Wizards por 139×130.

    Aliás, a quarta bombou

    A performance de Wemby na última quarta foi somente uma de várias que saltaram aos olhos. A rodada do meio de semana é geralmente bem cheia e isso proporciona chances maiores de performances incríveis, mas no último dia 13 isso foi longe demais. Dentre os novatos, Jared McCain e Dalton Knetch foram destaques, marcando 34 e 19 pontos respectivamente. Os homens de garrafão fizeram a farra. Além de Wemby com 50, KAT marcou 46 pontos contra o Bulls e Giannis deixou 59 pontos, 14 rebotes e 7 assistências contra o Detroit. Ainda com uma tábua de estatísticas cheia, tivemos Cade Cunningham anotando 35 pontos, 11 assistências e 7 rebotes.

    O vovô ainda não foi deixado para trás

    Na mesma quarta-feira, LeBron James disse que não seria ele que faria feio. Enfrentando o Memphis em casa, o vovô-garoto anotou 35 pontos, 14 assistências e 12 rebotes. Foi o 3º triple double consecutivo do King, que se tornou o jogador mais velho da história a conseguir tal feito.

    Achando pouco…

    Na sexta, LeBron prolongou a sequência e anotou o 4º triple double consecutivo na vitória dos Lakers contra o San Antonio Spurs, no Texas, no sábado (16). A partida foi válida pela Copa NBA e a performance de LeBron ajudou o time a manter a etiqueta de invicto em jogos válidos pela competição, que começou no ano passado e sagrou a equipe angelina como campeã.

    Multas e mais multas

    No espírito da caixinha de Natal, a NBA multou LaMelo Ball e Doc Rivers nesta última semana. O atleta do Charlotte foi taxado em 100 mil dólares por “comentários ofensivos e depreciativos”, depois do jogo de sábado contra os Bucks. No mesmo dia, Doc Rivers soltou o verbo contra a arbitragem por ter dado uma falta inexistente no mesmo Lamelo num momento decisivo do jogo. O suposto treinador vai ter que pagar 25 mil dólares pra liga.

    109 pontos em dois jogos

    Outro destaque da semana foi o armador do Sacramento Kings, De’Aaron Fox, que marcou 109 pontos em duas partidas de back-to-back. 60 pontos (e 7 assistências) na primeira, 49 (e 9 assistências) na segunda. As vítimas foram Minnesota (não tão vítima, porque venceu o jogo) e Utah. O comandante de Fox ficou feliz da vida. O técnico Mike Brown disse que “Não tem uma pessoa nessa liga que possa o impedir de estar nos lugares que ele quiser.” O Sacramento, hoje, é o 7º no Oeste com uma campanha 8-6.

    Invicto (parte 3)

    Uau! O nosso Cleveland Cavaliers chegou à 15ª seguida na noite de domingo, contra o Charlotte Hornets. Mesmo sem Donovan Mitchell, o time conseguiu dar conta do recado. Os Cavs já haviam jogado sem Evan Mobley durante a semana e também conseguiram continuar na saga de vitórias. A equipe de Ohio foi apenas a 5ª da história da NBA a começar com 15 vitórias seguidas. O desafio para manter a seqûencia, contudo, será pesado: na terça-feira (19), o time enfrenta o Boston Celtics no TD Garden. Caso sobreviva, a sequência traz 2 jogos em casa na sexta e no domingo, contra Pelicans e Raptors, respectivamente.

    Só perde quem joga

    Um dos últimos invictos da liga perdeu o posto na semana que passou. Joel Embiid finalmente estreou no último dia 12, mas não teve chance contra o New York Knicks. Os Sixers jogaram novamente no dia 14, mas Joel já foi poupado, apesar de ter dito que estava repensando se iria jogar back-to-back. Na sexta, Embiid fez seu segundo jogo na temporada, mas o calendário foi maldoso e o fez enfrentar o bom Orlando Magic. Para voltar às vitórias, os Sixers enfrentam o Miami nessa segunda-feira (18), mas o pivô franco-camaronês-estadunidense é dúvida para a partida.

    Olho no Magic

    Mesmo sem Paolo Banchero, o time da Flórida está performando bem. Aproveitando os jogos em casa em sequência, o Magic venceu todas as partidas da semana e avançou para um recorde de 8-6 na temporada. Franz Wagner assumiu a responsabilidade de estrela e teve médias de 30,7 pontos, 7,3 rebotes e 5,7 assistências nas 3 vitórias.


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  • Dez calouros não badalados que começaram a temporada bem demais

    Dez calouros não badalados que começaram a temporada bem demais

    Como em todo draft, os calouros que vão bem de cara muitas vezes não são os mais conhecidos. Em geral, esses “badalados” são aqueles que foram escolhidos no top 10 ou pelo menos na faixa da loteria (escolhas de 1 a 14), os chamados lottery picks, por serem os escolhidos pelos times que não foram aos playoffs e participaram do sorteio do draft. Com esses novatos, a cobrança é maior e a expectativa também. O Draft 2024 foi considerado fraco, mas esta lista mostra que saber escolher ainda faz a diferença.

    Como explicou João Lima no seu ótimo texto tentando prever quem vai ser calouro do ano, há uma série de fatores que contribuem para o jogador ir bem no primeiro ano da carreira, mas, como esta é uma avaliação inicial, o critério aqui foi simplesmente quais calouros fora do top 14 estão, como se diz, “praticando o basquete”. E, só pra ficar mais divertido, pensamos em alguns arquétipos, ou seja, jogadores que têm perfil relativamente similar ao que eles podem vir a ser.

    10. Jonathan Mogbo

    (Toronto Raptors, 31º geral no Draft 2024)

    Todo time precisa de um jogador raçudo, que pode não ser bom ofensivamente, mas deixa tudo em quadra e ajuda na defesa. Mogbo pode ser esse jogador para o Toronto. Como comentamos na entrevista com Blake Murphy, setorista canadense, Mogbo lembra pouco o reboteiro Kenneth Faried, embora não tão bom nesse fundamento quanto o “Manimal”, mas é especialmente bom em rebotes ofensivos. Além disso, o calouro de 23 anos rouba muitas bolas e consegue dar bons passes. Pode seguir o caminho de alguém como Isaiah Stewart (DET).

    Arquétipo de jogador: Kenneth Faried, Trevor Booker

    Melhor partida até aqui: 12 pts, 9 rebs, 5 asts, 3 tocos, 2 roubos em 23 min

    9. Pelle Larsson

    (Miami Heat, 44º geral no Draft 2024)

    Miami tem um histórico de descobrir bons jogadores no fim do draft ou até mesmo fora dele. Larsson parece ser mais um desses talentos. Seu forte claramente é o chute do perímetro (41% 3pt), mas o sueco mostra uma tranquilidade (e até maturidade) em quadra que surpreende para um novato — dificilmente toma decisões ruins e demonstra capacidade de enxergar o jogo para achar companheiros com passes. Vale destacar que também não é nulo na outra ponta da quadra, já que consegue roubar algumas bolas e se segurar na defesa.

    Arquétipo de jogador: Dan Majerle, Wayne Ellington

    Melhor partida até aqui: 13 pts (3/5 3pt), 2 rebs, 2 asts, 1 roubo em 25 min

    8. Keaton Wallace

    (Atlanta Hawks, não selecionado no Draft 2021)

    Embora tecnicamente calouro nesta temporada, Wallace vem tentando entrar na liga há 3 anos. Irmão mais velho de Cason Wallace, armador do OKC Thunder, Keaton finalmente encontrou sua chance aos 25 anos. Acionado devido às inúmeras lesões no elenco do Hawks, Keaton conseguiu trazer um mínimo de estabilidade à armação reserva do time, colaborando com pontos e assistências, além de ser esforçado na defesa. Seria temerário dizer que ele tem futuro na liga, mas ao menos tem ajudado Atlanta a se manter funcional e, apesar de ser two-way, mostrou que vale a pena mantê-lo por perto em vez de mandá-lo para a G League.

    Arquétipo de jogador: Kendall Marshall, Smush Parker

    Melhor partida até aqui: 14 pts (4/8 3pt), 3 rebs, 3 asts, 1 toco e 1 roubo em 29 min

    7. Dalton Knecht

    (Los Angeles Lakers, 17º geral no Draft 2024)

    Escolha logo abaixo da faixa da loteria, Knecht era considerada uma escolha sólida no draft, mas o ala de 23 anos mostrou que pode contribuir desde já. Chutador de qualidade, ele traz o tão desejado espaçamento que o Lakers precisa em torno de Lebron e Anthony Davis, mas tem até recebido atenção do técnico J.J. Redick com algumas jogadas desenhadas. Knecht também finaliza bem na cesta e sabe como evitar desperdícios.

    Arquétipo de jogador: Brent Barry, Allen Crabbe

    Melhor partida até aqui: 19 pts (5/5 3pt), 2 rebs, 3 asts, 1 roubo em 31 min

    6. Kyle Filipowski

    (Utah Jazz, 32º geral no Draft 2024)

    Mesmo num time em rebuild, foram necessárias algumas partidas para Filipowski ganhar espaço. Com apenas 21 anos, ele começou a ganhar mais minutos quando Markkanen se lesionou. Tudo indica, porém, que o calouro de Duke já conquistou seu espaço após mostrar bom entrosamento com o finlandês do Jazz, passando a ser titular. Muito alto e com boa técnica, Filipowski não só confirma ser um bom arremessador de perímetro como mostra controle de bola suficiente para puxar transições após rebote e servir os colegas.

    Arquétipo de jogador: Kelly Olynyk, Vladimir Radmanović

    Melhor partida até aqui: 18 pts (2/4 3pt), 6 rebs, 2 asts, 2 tocos em 25 min

    5. Ajay Mitchell

    (Oklahoma City Thunder, 38º geral no Draft 2024)

    O Thunder parece acertar a maioria das suas (inúmeras) escolhas de draft, mas as mais recentes buscaram jogadores que já chegam mais prontos. É o caso de Ajay Mitchell, belga de 22 anos que foi selecionado na 2ª rodada e assinou contrato two-way. Mesmo tendo chegado num contendor repleto de bons prospectos, Ajay vem encontrando seu espaço com um desempenho sólido dos dois lados da quadra. Robusto, o ala-armador consegue jogar bem no ataque com ou sem a bola e se segurar nos matchups defensivos. Mais uma peça polivalente num elenco que já é extremamente versátil.

    Arquétipo de jogador: Marcus Thorton, Randy Foye

    Melhor partida até aqui: 12 pts (5/6 FG), 7 asts, 2 rebs, 3 roubos em 19 min

    4. Yves Missi

    (New Orleans Pelicans, 21º geral no Draft 2024)

    No início da temporada, a rotação de pivô do Pelicans parecia indefinida após a saída de Valanciunas. Mas foram necessários apenas 5 jogos para Missi sair do banco e virar titular. Desde então, o jovem camaronês nascido na Bélgica virou dono da posição fazendo muito bem o que um pivô tradicional tem que fazer: pontuar no garrafão, pegar rebotes, proteger o aro — coisa que ele faz muito bem e sem cometer faltas, o que é raro para um novato. Com só 20 anos e muita energia, tem tudo para ficar um bom tempo na liga.

    Arquétipo de jogador: Samuel Dalembert, Andris Biedriņš

    Melhor partida até aqui: 17 pts (7/8 FG), 11 rebs, 2 asts, 1 roubo e 1 toco em 29 min

    3. Ryan Dunn

    (Phoenix Suns, 28º geral no Draft 2024)

    Neste início de temporada, o que mais se houve falar sobre Dunn é como chutava mal no universitário e melhorou entre o draft e a temporada. De fato, o novato que era conhecido como defensor chegou chutando muito bem na NBA e, mesmo com umas partidas errando tudo, ainda mantém 38% 3pt. Mas talvez o mais importante sobre Dunn é como ele já parece pronto para o nível da liga, o que não é comum em calouros de 21 anos. Precisa ter mais cuidado nas faltas, mas, aos poucos, ele vem se consolidando no time titular como um 3-and-D.

    Arquétipo de jogador: Danny Green, Shane Battier

    Melhor partida até aqui: 16 pts (4/9 3pt), 4 rebs, 1 roubo em 34 min

    2. Jaylen Wells

    (Memphis Grizzlies, 39º geral no Draft 2024)

    Alguém pode dizer: “mais um Jaylen na liga”. Justo. Mas esse Jaylen é mais um que chega com talento. Completamente fora do radar da maioria, Wells vem acumulando ótimas partidas como titular pelo desfalcado Grizzlies. Pontuador de talento, ele traz para o Memphis um fator ofensivo bastante versátil, chutando bem de quase todas as zonas de ataque. Também é um reboteiro competente. O ponto fraco parece ser a defesa, mas há tempo de melhorar.

    Arquétipo de jogador: Wally Szczerbiak, John Salmons

    Melhor partida até aqui: 20 pts (5/7 3pt), 3 rebs, 1 ast, 1 roubo em 28 min

    1. Jared McCain

    (Philadelphia 76ers, 16º geral no Draft 2024)

    Os torcedores do Sixers têm ao menos uma boa notícia este ano: Jared McCain. O garoto de 20 anos é, no momento, o calouro com mais pontos na temporada embora esteja fora do top 10 em minutos, incluindo um jogo com mais de 30 pontos. Como dizem os profissionais, o menino é “carudo”, não tem medo do protagonismo. Parte do sucesso de Jared se deve ao fato de ele ser muito eficiente: até agora, está com bom aproveitamento nos arremessos de quadra, não errou nenhum lance livre sequer (23/23), está com média de apenas 1 turnover por jogo e comete poucas faltas — embora isso se deva também ao fato de ele não contribuir na defesa, o que pode ser relevado pelo fato de ele ter que suprir a ausência de Maxey no ataque. Não é absurdamente surpreendente alguém que saiu na 16ª escolha ir tão bem, mas os números de McCain, especialmente nos últimos jogos, têm sido de jogador top 5 do draft. É realmente um nome para ficar de olho como alguém que pode virar uma estrela, talvez até bem cedo.

    Arquétipo de jogador: Brandon Jennings, Brandon Knight

    Melhor partida até aqui: 34 pts (6/13 3pt), 10 asts, 2 rebs, 2 roubos em 38 min

    Ainda não conhece a Agenda 48? Acesse agora e veja quando e quais jogos vão passar nos principais canais e streamings brasileiros. Nunca mais perca um jogo!

    E se estiver procurando mais uma lista, que tal os jogadores que podem estourar se tiverem chance? Confira Dez jogadores two-way para ficar de olho na temporada 2024-25.


  • Episódio 10: Condecorações Precoces, Temporada 24-25

    Episódio 10: Condecorações Precoces, Temporada 24-25

    Nosso programa #10 da temporada tinha que ser mais especial.

    Por isso, resolvemos aproveitar que a temporada mal começou para – sim! – entregar todos os prêmios individuais em disputa.

    Foi a primeira edição das nossas CONDECORAÇÕES PRECOCES.

    Assista ao programa no Youtube:

    Ou, se preferir, no Spotify:

    Conheça os nobres condecorados:


  • Temporada 24-25 Semana 3: a bruxa segue solta!

    Temporada 24-25 Semana 3: a bruxa segue solta!

    Week 3 NBA – 04 a 10.11

    Mais uma semana se passou e, óbvio, coisas aconteceram na liga que não para!

    Agenda 48

    A Agenda 48 está no ar. É nossa ferramenta de consulta de jogos e transmissões dos jogos da NBA. Então, nada de ficar procurando quando seu time joga, onde vai passar. Já cria um atalho no teu smartphone e salva nos favoritos no computador! Ah, e não esquece de divulgar!

    Rodada CHEIA

    Na segunda-feira (4), tivemos uma rodada cheia na NBA. Não aquelas com 10, 12 jogos. Mas uma rodada com absolutamente todas as equipes em quadra. Em virtude das eleições, todos os times folgaram no dia seguinte para que atletas e torcedores pudessem participar do que, no Brasil, chamamos de festa da democracia. Lá, é algo como Esforço Danado Para Conseguir Colocar Um Voto Dentro De Uma Urna.

    A primeira vitória

    Finalmente o Utah Jazz venceu! O Chicago Bulls foi a vítima do último time a conseguir marcar algo na primeira coluna. Num jogo sem Lauri Markkanen; Keyonte George, Collin Sexton e John Collins foram buscar a vitória com atuações muito boas. Os três juntos fizeram 85 dos 135 pontos do time na partida.

    Suspenso por 3 jogos

    Parecia que Joel Embiid estava pronto para voltar. Depois de ver Paul George em ação na segunda-feira (4), o Philadelphia estava ansioso para contar com Embiid em sua viagem para Los Angeles. Não deu. A liga anunciou que o pivô franco-camaronês-estadunidense levou um gancho de 3 jogos depois de ter empurrado um jornalista local numa treta que você leu sobre no nosso Semana 2.

    ACABOU! A-CA-BOU. Acaboooou

    Ricardo Chaves traria assim essa notícia. Acabou a série de invencibilidade do Oklahoma City Thunder. E, como a NBA gosta de jogar na cara da gente que não entendemos nada, foi logo contra o criticado Denver Nuggets. Numa noite que até Russell Westbrook resolveu voltar ao seu auge, Nikola Jokic disse: deixa eu disparar na corrida para MVP e anotou 23 pontos, 20 rebotes e 16 assistências para derrotar o Thunder por 124 a 122.

    Pra quem não entendeu o título

    MVP… MVP… MVP

    Aliás, que semana pro 3x MVP da Liga Nikola Jokic. O homem jogou 4 partidas e foi absolutamente dominante em todas elas, vencendo as 4 e mostrando por que o Denver é candidato mesmo sem tanta profundidade no banco. Confira:

    Segunda-feira, vs Toronto: 28 pontos, 14 rebotes, 13 assistências

    Quarta-feira, vs Oklahoma City: 23 pontos, 20 rebotes, 16 assistências

    Sexta-feira, vs Miami: 30 pontos, 11 rebotes, 14 assistências

    Domingo, vs Dallas: 37 pontos, 18 rebotes, 15 assistências

    Minha corrida para MVP

    No último dia 8, a NBA liberou sua “escadinha” até o MVP. A corrida costuma ser acompanhada por todos os fãs para saber se seu jogador favorito está perto do tão sonhado prêmio. Para a liga, o top 5 atual é:

    • Anthony Davis
    • Jayson Tatum
    • Nikola Jokic
    • Shai Gilgeous-Alexander
    • Donovan Mitchell

    Para esse escriba que acha que sabe de algo, minha sequência seria:

    • Nikola Jokic
    • Anthony Davis
    • Shai Gilgeous-Alexander
    • Kevin Durant
    • Jayson Tatum

    Fiquem ligados na atualização dos achismos

    Sem meias palavras

    Depois de perder para o Phoenix Suns na sexta-feira (8), Jason Kidd não aliviou para sua equipe, criticando principalmente a falta de produtividade do banco. “Por algum motivo, começamos devagar. Isso precisa ser resolvido. Nós falamos sobre isso. Tem que haver ação (…) Alguém tem que vir com alguma p**** de energia.”

    Kidd endereçou esse belo comentário de grande gestor de pessoas para o banco, finalizando com “O cansaço de colocar Luka e Kyrie (para jogar) 40 e alguma coisa porque nosso banco é horrível nesse momento. Profundo que somos, temos que ter alguém participando vindo do banco. Alguém que ajude Kai e Luka.”

    O homem estava com a boca solta e ainda disse que colocou “a p**** do banco todo para jogar hoje à noite. Não conseguimos achar ninguém, então tivemos que deixá-los carregar o fardo e isso é injusto com os dois.”

    Invicto (parte 2)

    O Cleveland Cavaliers segue imbatível na NBA. Na coluna passada, falamos que o time poderia pular umas fogueiras para manter o recorde impecável e foi o que aconteceu. O time sofreu para vencer um Bucks sem Giannis na segunda, mas passou por cima de Pelicans e surrou os Warriors. No sábado, o torcedor suou frio, quando vendo a sequência ir por entre os dedos contra o surpreendente Brooklyn Nets, mas deu tudo certo no final. 

    (O aperto contra o Nets pode, ou não, estar relacionado com o artigo que publicamos horas antes, detalhando aspectos da franquia de Ohio neste início de temporada à prova de absolutamente tudo – até de zica.)

    Para essa semana, o time do Ohio vai até Chicago na segunda, vai até a Filadélfia enfrentar os Sixers na quarta e joga novamente contra o Chicago na sexta-feira (jogo válido também pela Copa). A semana acaba em casa contra o Charlotte Hornets. Será que vão manter a sequência?

    A bruxa segue solta

    A semana não foi bondosa com os atletas novamente com relação às lesões. Grandes nomes seguem sendo afastados de ação. 

    Tyrese Maxey foi um deles. Não parece que seja tão grave, mas uma lesão muscular nos isquiotibiais pode deixá-lo fora de ação por até 2 semanas.

    O mesmo músculo está dando trabalho a Zion Williamson, que vai ser reavaliado em algumas semanas para ver quando retornará às quadras.

    Quem também vai ficar de fora por duas semanas é Kevin Durant. A superestrela do Phoenix Suns tem uma lesão na panturrilha esquerda.

    Andrew Nembhard e Miles Bridges são outros dois que devem ficar de fora por 2 semanas por causa de lesões no joelho.

    Ja Morant também vai acompanhar o time somente como torcedor nas próximas semanas, com uma lesão no quadril. O armador tem enfrentado lesões durante toda sua carreira. Até ano passado, Ja havia jogado apenas 257 jogos dos 401 possíveis da carreira.

    Finalizando a semana, também tivemos a lesão de Chet Holmgren, no jogo contra os Warriors no domingo (10). O pivô do Thunder sofreu uma fratura na asa ilíaca depos de uma queda e vai perder pelo menos 2 meses de temporada. 

    No domingo, Anthony Davis também deixou o jogo depois de sofrer uma dedada no olho enquanto bloqueava o pivô dos Raptors Jakob Poeltl. Não tivemos alguma notícia sobre o candidato a MVP perder alguma partida, mas com o histórico de AD, a torcida do Lakers já está preocupada.

    Pro banco!

    Depois de perder toda sua paciência com jogadas horríveis em sequência do armador D’Angelo Russell, o técnico dos Lakers decidiu que era hora de colocá-lo no banco. Na partida de sexta-feira contra o Philadelphia 76ers, Cam Reddish recebeu a chance de começar o jogo. Em matéria de números, os impactos foram poucos – somente 3 pontos e 5 rebotes – mas Reddish parece demonstrar potencial para ser um glue guy, aquele cara que faz o trabalho sujo. Redick manteve a mudança para o jogo de domingo contra os Raptors.


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  • Com início avassalador, Cavs já provou que merece respeito e está na briga

    Com início avassalador, Cavs já provou que merece respeito e está na briga

    Pouco mais de duas semanas se passaram desde o início da temporada regular, e provavelmente ainda é muito cedo para tirar maiores conclusões sobre quase tudo que aconteceu na liga até aqui. No entanto, se há algo que já ficou bastante claro é que na Conferência Leste, é bem possível que nenhum outro time esteja tão preparado para bater de frente com o todo-poderoso Boston Celtics quanto o Cleveland Cavaliers. 

    Num espaço de 17 dias, o Cavs jogou dez partidas e venceu todas, sendo cinco fora de casa. Entre elas, destaque para a vitória contra o Milwaukee Bucks, seu concorrente direto tanto na conferência quanto na divisão, e o New York Knicks, em pleno Madison Square Garden. Em casa, o time também assegurou triunfos assertivos contra os embalados Orlando Magic, Los Angeles Lakers e Golden State Warriors. Sempre jogando com autoridade, sem sequer oferecer chance de reação aos rivais.

    >> Todas as transmissões da NBA na temporada, aqui na Agenda 48 <<

    Na temporada de previews do 48 Minutos, entre setembro e outubro, fizemos uma live dedicada ao Cavs, para avaliar e analisar as (poucas) movimentações feitas pela franquia de Ohio. A principal delas foi a mudança no comando técnico, com a saída de JB Bickerstaff e a contratação de Kenny Atkinson. Fora isso, o que de principal aconteceu foram as extensões de contrato de algumas peças-chave do time, como Donovan Mitchell, Jarrett Allen e Evan Mobley.

    Continuidade e progresso

    Quando comandou o Brooklyn Nets, Atkinson foi o responsável por transformar uma franquia sem perspectivas em um time competitivo, valorizando os ativos da organização e preparando o terreno para a troca que eventualmente levou Kevin Durant para o Barclays Center.

    Sua recompensa? A guilhotina: ele foi dispensado pelo front office do Nets para dar lugar ao “rookie coach” Steve Nash, que carregava um “hype” à altura do “monstro de três cabeças” então em vias de ser criado, com as adições de Durant, Kyrie Irving e James Harden.

    O trabalho no Nets acabou, mas lá, Atkinson conseguiu consolidar a reputação de ser um técnico não apenas capaz de implementar um padrão de jogo sólido em suas equipes, mas também de desenvolver seus atletas, levando-os ao mais perto possível de seu potencial.

    Depois de sair do Brooklyn, ele precisou dar alguns passos atrás. Como assistente técnico, primeiro trabalhou com Ty Lue, no LA Clippers, e depois com Steve Kerr em Golden State. Até que quatro anos depois, no último mês de agosto, chegou a oportunidade atual, em Cleveland.

    No Cavaliers, ele encontrou um time que já havia sido extremamente competitivo na última temporada, quando chegou às semifinais da conferência. No entanto, o mais notável nesse início de temporada é como Atkinson vem conseguindo não apenas resultados impactantes, mas também parece apontar soluções para algumas questões existenciais que pairavam sobre o Cavs havia anos.

    Novos papeis

    Evan Mobley e Jarrett Allen podem coexistir em quadra? Entre Darius Garland e Donovan Mitchell, quem fica com a bola? Como maximizar o potencial desse quarteto, dono de um talento indiscutível, mas incapaz de obter resultados à altura de sua evidente qualidade?

    Durante as últimas temporadas, esses dilemas pareciam sem resposta. Em mesas redondas e podcasts, muitos cravavam que eram problemas sem solução: alguém teria que ser trocado. Tais questões, entretanto, parecem totalmente apaziguadas após essas primeiras semanas de temporada 24/25.

    A grande mudança em relação à última temporada, que parece ter desencadeado todos os demais processos de ajuste do time, foi provocada pela decisão de deixar mais a bola nas mãos de Evan Mobley.

    O ala-pivô tem tido maiores responsabilidades de trazer a bola até a quadra adversária, permitindo que Jarrett Allen ocupe o espaço que lhe é mais natural: dentro do garrafão, brigando com o pivô rival. Prova disso é que seu usage rate subiu dos 20.6 na temporada passada, para 24.6 na atual.

    Outro resultado dessa novidade tática é que os dois armadores do time, Mitchell e Garland, agora podem respirar um pouco mais. E o alívio físico para os dois, que podem então se deslocar mais livremente até a quadra do adversário, abre ainda mais o leque de alternativas táticas do time, criando espaço para mais jogadas que não se iniciem necessariamente com eles.

    Quando menos é mais

    O trabalho conduzido por Kenny Atkinson também aumentou, até aqui, a importância – e a eficiência – de alguns jogadores de rotação do Cavs.

    Ainda que a amostragem seja pequena, já é possível notar, nos números de jogadores como Isaac Okoro, Caris LeVert e Sam Merrill, alguns ajustes que têm tido um papel decisivo, sobretudo no que diz respeito à seleção de arremessos.

    Okoro, por exemplo, já se estabeleceu na liga há alguns anos como um defensor positivo, mas ofensivamente, ainda não conseguiu se tornar uma ameaça, especialmente da linha de três pontos. Na atual temporada, ele tem arremessado do perímetro em um volume consideravelmente menor em relação à última (de 3.8 para 1.8 tentativas por jogo). Paralelamente, a sua eficiência no fundamento cresceu, de 39 para 50%.

    Já LeVert não apenas diminuiu, em relação à última temporada, o volume nas bolas de três (de 4.9 para 3.6 por jogo), mas também nos arremessos de média distância – de 7.2 para 4.6 por jogo. Sua média de pontos está marginalmente menor, mas sua eficiência efetiva de arremessos no geral (effective field goal) disparou: saiu de 48 para 71%, um número provavelmente insustentável, mas que fala bastante sobre o trabalho desenvolvido pela atual comissão técnica, e sobre como menos pode, frequentemente, ser mais.

    Outros role players, como Sam Merrill, Max Strus, Georges Niang e Dean Wade, também têm desempenhado um papel sólido quando saem do banco, mostrando ao coach Atkinson que ele tem com quem contar quando os titulares não estiverem entregando.

    Assim, com um time titular ajustado e um banco de reservas pronto para entregar, o treinador vem fazendo história, e registrando o melhor início de temporada da franquia em todos os tempos. Ainda tem muita água para rolar, e será preciso sorte para evitar lesões que tirem o time de rota.

    Mas o certo é que o Cavs, que investiu na continuidade e no desenvolvimento interno, agora colhe os frutos. E já criou uma “gordura” que o coloca em ótimas condições não só para garantir o mando de quadra nos playoffs, mas também para fazer o torcedor sonhar..

    Os números citados no artigo foram consultados no Basketball Reference na madrugada de 09/11/24.


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