Temporada 24-25, semana 15: esse escriba não tem paz!

Comecei escrevendo essa coluna e não pude deixar de me lembrar do Hobbit (ou Lá e De Volta Outra Vez). Por mais nerd que possa parecer, você vai entender em um dos pontos do texto abaixo.

Antes, não esqueça de dar o play, o like, compartilhar e dar aquela força em nosso da última semana, quando falamos das decepções (até agora, nunca se esqueça que sempre há tempo de decepcionar) da temporada.

https://open.spotify.com/episode/663jDD7v6xVXFjuBDlh8yl?si=20c0538ac0df488f

Não se esqueçam também de entrar em contato comigo caso queira comentar algo que aconteceu de relevante ou algo sobre a coluna que acabou de ler.

Sem mais delongas, vamos comemorar que janeiro acabou e falar sobre o que aconteceu entre 27/01 e 02/02.

O mundo estava em paz quando você chegou…

Foi o que Nando Reis disse ao descobrir que, entre sábado e domingo, o Los Angeles Lakers e o Dallas Mavericks chegaram a um acordo que mandaria Luka Doncic para a cidade da Califórnia. A bomba, como sempre, veio através de nosso querido Shams Charania:

O horário da revelação foi quase proibitivo para muita gente saber da verdade na hora, o que foi bom. No momento da ShamsBomb, muita gente achou que o jornalista da ESPN havia sido hackeado. Tyrese Haliburton demonstrou que tem notificações ativadas para Shams, tuitando um minuto depois:

Shams veio logo garantir que era verdade.

E aí, obviamente, a internet se acabou em memes, reclamações e protestos. Eu só fui descobrir às 7h29, quando um amigo meu maníaco por ligar para pessoas (Breno Pequeno) me acordou por uma ligação no WhatsApp.

Logo no primeiro momento, precisamos trazer uma live urgente, com Pedro Galindo e eu. Confira abaixo:

Totalmente do Neida (será?)

Ao longo do domingo, a história foi se desenrolando. Os primeiros relatos apareceram antes mesmo das comunicações oficiais dos times e nós começamos a entender como foi moldada a transação que levou Luka ao Lakers em troca de AD.

Primeiramente, Shams trouxe a informação que o Dallas Mavericks que fez a abordagem frente aos Lakers, oferecendo Luka Doncic. Depois, trouxerem as informações que essa conversa se originou há alguns meses, quando Nico Harrison, GM do Dallas, teria “brincado” com Rob Pelinka, VP do time de Los Angeles.

Harrison, então, veio a público explicar a decisão. Ele logo disse que acreditava que defesa ganhava campeonatos. O que deu uma camada a mais na especulação inicial, de que o Dallas sabia algo sobre a saúde de Luka e/ou estaria extremamente insatisfeito com a forma física do atleta. O post abaixo fez um pequeno agregado de lances que teriam dado material para o Dallas ficar P da vida com o esforço dele.

A internet não perdoa e achou tudo possível para ver sinais que o Dallas tava arretado com o fato de Luka estar acima do peso. Soltaram por aqui que ele estaria com 270 libras (120 quilos, mais ou menos). Depois acharam esse polêmico vídeo que Luka não pode nem tomar uma cerveja pra comemorar o título do Oeste.

Logo depois, o pai de Luka apareceu dizendo que a hipocrisia do Dallas o enojava, que o filho tinha se sacrificado muito.

Por que a revolta?

Num primeiro momento, a gente pode pensar que é um pouco de exagero o pai de Luka tratar uma troca assim. Mas, antes de qualquer outra coisa, ele realmente parece ter se sentido ofendido. O filho, como sabemos, jogou as últimas temporadas quase que destruído fisicamente.

Ou seja, qualquer crítica à sua defesa também deveria passar certamente por isso. Por mais que Luka possa ter se descuidado do físico, o Dallas realmente aparenta ter se preocupado pouco com o fato dele precisar carregar o time.

Outro ponto extremamente relevante é que Luka Doncic deixou de ganhar 100 milhões de dólares a mais com a negociação. Bobby Marks, especialista em CAP, explica o cenário atual de Luka. Lembrando que, com o Dallas, ele poderia assinar uma extensão de 345 milhões para 5 anos.

No fim, parece que o mais provável agora é que Luka faça uma renovação mais curta com o time de LA, até 28-29, quando ele ficaria elegível novamente ao supermax pelos 10 anos de serviços na liga. Lá, ele poderá assinar por 5 anos e 418 milhões de dólares.

Nem LeBron sabia

Todos sabem que LeBron James tem muita influência na montagem dos elencos que são reunidos ao seu redor. Mas, dessa vez, aparentemente a decisão foi tomada sem qualquer comunicação prévia com a estrela. David McMenamin relatou que James só soube da transação após o jogo de sábado contra o New York Knicks.

James e Davis têm uma relação muito próxima, desde que AD foi levado para LA. Os dois foram o ponto central do time campeão da NBA em 2020 e criaram uma relação muito forte, que nem é tão comum entre estrelas de times.

Mas o fato é que, depois do anúncio da troca, não tivemos reação de LeBron com relação a Luka, somente post com saudades do seu antigo companheiro.

A reação de Luka

A parte que diz respeito ao Dallas foi muito mais dissecada nas horas pós-troca. Luka ficou caladinho por um tempo, com a primeira reação tendo vindo de seu pai, como já vimos aqui.

Mas durante a noite de domingo, Luka apareceu com duas mensagens. Uma foi para os fãs de Dallas, a outra foi um retuíte do post dos Lakers sobre sua chegada e deixou algumas palavras no ar.

Claramente Luka não tinha qualquer intenção de se mudar de Dallas. Deixou um recado para os fãs, falou sobre a cidade e eles serem especiais. Na sequência, citou o tuíte de seu anúncio pelos Lakers e desabafou um pouco. Agradeceu pela incrível oportunidade. Como ele não é um qualquer, sabemos que é um dos melhores do mundo, aqui parece ser uma clara cutucada a Nico Harrison e aos donos que não o quiseram.

Luka ainda falou que o basquete é a coisa mais importante da vida dele, não importando onde ele esteja.

Ei, eu tô aqui!

No desespero para reclamar do Dallas, se revoltar com Nico Harrison, odiar os Lakers ainda mais, a gente acabou esquecendo de falar um pouco sobre Anthony Davis.

Na semana passada, você viu aqui que a estrela dos Lakers ainda gostaria de competir por títulos e, além disso, reiterou sua vontade de jogar como 4 novamente, ao lado de um pivô. A solução veio imediatamente, como pontuou nosso apoiador Filipe Belinasso em nosso grupo de WhatsApp:

Davis, tido como um dos melhores defensores da NBA desde que entrou na liga, vinha fazendo uma temporada muito boa. 25,7 pontos de média, além de 12 rebotes, 2,1 tocos e 1,3 roubos de bola por cada duelo.

Aparentemente, pelo que foi reportado, a intenção do Dallas era ir atrás dele desde o primeiro momento. Na verdade, alguns rumores aleatórios deram conta que o time teria tentado Giannis Antetokounmpo, mas o Milwaukee Bucks não teria entrado na dança.

Fica claro que o roteiro de Harrison para justificar a troca era trazer algum jogador de impacto, estrela consolidada e também muito capaz defensivamente.

Muito se falou sobre o Dallas ter pego somente uma escolha dos Lakers na transação, mas geralmente trocas envolvendo estrelas no auge tem um padrão diferente das trocas de jogadores que estão consolidados por jovens com potencial (muito ou não). Vejamos alguns exemplos abaixo de como funciona a troca sem uma estrela estabelecida nos dois lados.

Vejamos como foi Paul George:

Agora uma estrela menos calórica:

Agora envolvendo mais peças pesadas, sem entrar no mérito de ter funcionando após a troca.

No fim das contas, o Dallas saiu com uma estrela, que ainda está em seu auge, acabou de vir da maior temporada em termos de jogos e está sempre entre os melhores da liga. Isso quer dizer que…

… foi boa pro Dallas?

Lógico que não. Ninguém troca uma estrela como Luka Doncic do jeito que foi. O Dallas não pesquisou valores na liga, não saiu oferecendo por aí. Nico Harrison colocou na cabeça que queria AD e, a partir desse momento, ele perdeu qualquer chance de realizar negociações mais interessantes.

Acho que esse trecho abaixo no podcast de Bill Simmons, Ryen Russillo define bem o sentimento de todos ao dizer que Luka valeria o supermax mesmo se ele viesse conduzindo a bola em quadra enquanto fuma um cigarro.

Pra se ter uma noção exata do que significa essa movimentação, talvez poucas coisas sejam mais interessantes de se ler hoje do que o post de despedida no perfil oficial dos Mavs no Twitter. Cuidado, você pode perder horas aqui.

E os outros?

Sim, os outros! Os outros! A troca não foi feita no pau a pau, então temos alguns nomes envolvidos. O Dallas ainda pegou o jovem Max Christie, que estava achando um lugar muito sólido na rotação do time, inclusive como titular, por conta de sua defesa e capacidade de chute.

Christie não havia demonstrado grandes lampejos até antes dessa temporada, mas ele é um ala extremamente jovem. Com apenas 21 anos, ele está em sua terceira temporada. Ou seja, ele passou pelas dores de crescimento já dentro da liga. Pensando que o backcourt dos Mavs tem Kyrie e Klay, Christe pode ser um bom ativo nos próximos anos.

Já o time de Los Angeles recebeu o ala Maxi Kleber e o pivô Markieff Morris, que foi campeão com o time em 2020. Particularmente não vejo muito espaço para o último, enquanto o primeiro pode até ser envolvido em alguma negociação, por ter um contrato expirante de 11 milhões de dólares.

E os times, afinal?

Conforme falei na live, a troca deixa os Lakers em uma posição diferente dos Mavs. Enquanto o time de Dallas parece ter uma lineup muito clara definida, com Kyrie, Klay, Grimes, AD e Lively (ao voltar de lesão), os Lakers estão com redundância nas alas e poucos pivôs disponíveis.

O Dallas parece um pouco mais funcional com uma dupla que tem maior potencial de se complementar sem grandes problemas. Óbvio que Jason Kidd, técnico da equipe, foi visto com cara de enterro (abaixo) na conferência com Nico Harrison. Mas, na prática, pode ser que ele consiga potencializar a dupla AD – Lively. Kidd era assistente técnico de Frank Vogel em 2020, quando os Lakers foram campeões da NBA com AD e JaVale McGee no garrafão e uma defesa muito eficaz e poderosa.

Pela parte dos Lakers, é provável que, quando Luka estiver disponível, o time alinhe com Luka, Austin Reaves, LeBron James, Rui/DFS/Vando e Jaxson Hayes. Claramente existe uma queda de peso para o frontcourt, apesar de ter muitos nomes, e as notícias já dão contar que Rob Pelinka e seus asseclas estão correndo atrás de um pivô titular.

Difícil ter uma ideia real sobre o que exatamente está acontecendo, mas obviamente que já foram ventilados os nomes de Nikola Vucevic, Robert Williams III e, mais recentemente, o sempre machucado Mitchell Robinson.

Além disso, talvez o time precise achar um balanço melhor interno na adaptação de Luka. O esloveno vinha tendo problemas na defesa, e o time acabou enviando um dos poucos defensores de perímetro confiável que tinha. A partida de AD já requer uma adaptação muito grande para a proteção do garrafão e os nomes ventilados não são necessariamente grandes defensores ou capazes de ficar em quadra por muitos jogos. Vamos ver o que o time angelino reserva de ações.

E o dinheiro dos times?

Outro ponto relevante da troca é que deu um alívio financeiro aos times, de forma bem peculiar. Primeiramente, Anthony Davis tinha em contrato um mecanismo chamado trade kicker, que lhe daria um percentual a mais no salário, caso trocado.

Mas Davis abriu mão de 5,9 milhões de dólares. Esse dinheiro sairia do Los Angeles Lakers, mas contaria na folha salarial do Dallas Mavericks. Isso favoreceu o time texano, que ficou 6,2 milhões de dólares abaixo do 1º limiar do cap. Isso modifica bastante as ações que os Mavs podem fazer na deadline, uma vez que podem receber mais dinheiro do que enviar em transações.

E o mercado, como fica?

Uma troca como essas perto do prazo para limite de transações, que será na quinta-feira (6), obviamente mexe com peças que não estavam sequer no tabuleiro. Além dos times envolvidos, que podem se mexer para pequenos ajustes, o mercado também acaba sendo influenciado.

Um ponto que veremos se irá mudar é o ponteiro das escolhas. Como vimos acima, muitas trocas recentes foram envolvendo caminhões de escolhas de 1ª rodada. Como veremos mais à frente, também rolou uma troca de estrela no domingo e, talvez, ela tenha sido um pouco diferente.

Outro fato importante é que a gente viu um momento raríssimo de troca de estrela sem que ela tivesse pedido troca. A reação do público e dos jogadores foi bem curiosa. Os fãs do Dallas foram protestar na Arena e vários companheiros postaram mensagens de tristeza ao ver Luka partir, especialmente.

Fica o questionamento se outros diretores ao redor da liga voltarão a ter coragem de trocar suas estrelas (Olá Zion!) ou se foi uma movimentação completamente fora da casinha.

Reações de todos

Aliás, já que falamos das reações dos torcedores, vale a pena fazer um apanhado das reações dos jogadores da NBA. Mas a troca, tão importante que foi, angariou gente de todos os meios comentando, como as estrelas da NFL Patrick Mahomes, quarterback dos Chiefs e Maxx Crosby, um dos melhores defensores do futebol americano.

E não é só isso!

A loucura parecia finalizada quando fomos nos preparar para dormir no domingo. Mas não foi bem assim. Lá pelas 22h30, Shams veio com outra bomba.

Dez minutinhos depois, ele veio com a troca completa e deixou todos abismados.

A ida de De’Aaron Fox para San Antonio já estava sendo ventilada há um tempo. Alguns memes surgiram, porque supostamente os Spurs não queriam envolver nem o novato Stephon Castle na troca. Todas pessoas com alguma noção pensaram: se não querem mandar nem Castle por Fox, essa troca está morta. Mas não foi o que aconteceu. Os Spurs conseguiram pegar a estrela do Sacramento Kings oferecendo somente escolhas futuras.

Quando parecia que já era pouco, a gente viu no detalhamento da troca que os Spurs sequer mandaram uma escolha própria, mantendo toda e qualquer possibilidade de abortar em algum ano em que tudo der errado.

O Chicago Bulls também entrou na parada para recuperar a própria escolha do draft de 2025. O curioso é que essa escolha tinha ido para os Spurs por conta da troca de Chicago com o time texano por DeMar DeRozan em 2021. Ela era protegida até o Top 10.

Então, nesse episódio de Dark, a gente viu que o Chicago desistiu de ter DeRozan ano passado, deixou ele partir para Sacramento, renovou com Zach LaVine para não perdê-lo de graça e… aceitou uma escolha que já seria deles caso eles não tivessem ido atrás de DeRozan como solução e o tivessem descartado um pouco depois.

Espero que não tenha dado para entender, porque a intenção era essa mesma. Franquias disfuncionais fazem isso pra ficar difícil da gente julgá-los.

No fim das contas, os Spurs estão sorrindo de orelha a orelha ao parear uma dupla que tem tudo para ser um inferno de se defender sem ter perdido um único ativo com futuro na franquia, como Jeremy Sochan, Devin Vassell ou Stephon Castle. Os Kings, perderam a sua estrela para ter um jogador que não parece ter o melhor encaixe do mundo para eles – mas ei, eles não perderam de graça!

João, e as escolhas?

Sim, meu caro leitor, as escolhas! Elas são um grande alento para o torcedor do Sacramento Kings perder Fox. Deixo abaixo o histórico recente de recrutamentos da franquia da capital da Califórnia.

AnoEscolhasJogadores
202413Devin Carter
202354Jalen Slawson
20224Keegan Murray
20219 e 39Davion Mitchell, Neemias Queta
202012, 34Tyrese Haliburton, Jahmius Ramsey
201940, 60Justin James, Vanja Marikovic
20182Marvin Bagley
20175, 34De’Aaron Fox, Zach Collins
201659Isaiah Cousins
20156Willie Cauley-Stein
20148Nik Stauskas
20137, 36Ben McLemore, Ray McCallum

Não dá pra negar: estamos ansiosos pra ver a dupla Foxbanyama em ação.


Pode pedir música!

Pouco tempo depois da publicação da última coluna, na última segunda-feira (27), o nosso querido Shams Charania veio com novas informações sobre a novela favorita dele na temporada: Jimmy Butler contra o condado de Miami-Dade.

A informação era que Jimmy seria suspenso, pela terceira vez, pela equipe da Flórida. A poucos dias do prazo final para trocas, no dia 6 de fevereiro, o recado parecia claro.

Além do recado, também nos ficou claro uma situação, até então, atípica na carreira de um dos maiores nomes das artimanhas de bastidores da história da NBA: Pat Riley. Desde o começo da celeuma, vimos uma quebra de braço entre o atleta e seus representantes, o Miami Heat e, até mesmo, a mídia.

Hoje, parece que Riley perdeu a oportunidade de tocar isso de uma forma mais interessante para a franquia. Ou melhor: não se antecipou a um problema que parecia estar prestes a explodir. É extremamente improvável que, de dentro da organização, Riley não soubesse que poderia ter que lidar com esse elefante dentro da sala em algum momento da temporada.

Provavelmente se valendo de sua capacidade e conhecimento da liga, além do seu histórico de bons negócios e montagens extremamente capazes de elencos, Pat confiou no seu próprio taco.

Mas Jimmy Butler não é um qualquer. Um jogador extremamente talentoso, competitivo e capaz de transformar o nível do time onde está, isso é inegável. Mas também, um dos maiores egos da geração e uma das pessoas mais difíceis de lidar no que diz respeito ao basquete. Fora das quadras, Butler parece ser um cara agradável, ou, pelo menos, menos mala do que é no trato do basquete.

E assim vai a novela da temporada até agora. Dois nomes grandes tentando ver quem vai perder menos. Ou melhor: talvez ainda estejam tentando ver uma forma de sair ganhando. A verdade é que essa marca vai nos deixar questionando coisas para os dois lados. Estaria Riley num momento inédito da carreira? E o que significaria essa eventual incapacidade de não ser o clássico algoz de franquias desprevenidas?

E Butler? O que ele significa hoje na NBA? Em que momento ele ou a franquia onde ele estiver deve parar de se preocupar com seu vultoso contrato para se preocupar com a próxima insatisfação e eventual novela?

Enfim, cenas dos próximos capítulos.


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