Começando a semana sendo… multado
Aproveitando a novidade de poder aplicar multas de até 100 mil dólares, o dobro do limite anterior, a NBA não está medindo esforços para não pesar a mão. Na terça-feira (26), a liga anunciou que multou o Atlanta Hawks no valor máximo permitido por violar a política de participação dos jogadores ao não disponibilizar Trae Young nas duas primeiras partidas válidas pela Copa NBA.
Hawks e Trae não foram as únicas vítimas da semana. O técnico do Sacramento Kings, Mike Brown, também foi multado em 35 mil dólares por “perseguir agressivamente” o árbitro Scott Twardoski. O momento aconteceu numa partida contra o Brooklyn Nets, quando Brown perdeu as estribeiras e, por muito pouco, não agrediu Twardoski por não marcar uma falta em Colby Jones. Veja o lance abaixo.
Multa mais, tá pouco!
Apesar da multa e da campanha ligeiramente decepcionante na temporada regular, o Atlanta Hawks foi o primeiro time do Leste a cravar uma vaga nos rounds eliminatórios da Copa. Trae Young, Jalen Johnson, Dyson Daniels e companhia garantiram uma vaga na sexta-feira (29) ao bater, pela segunda vez em 3 noites, o Cleveland Cavaliers.
Para garantir a vaga, o Atlanta também já tinha vencido o atual campeão da NBA, o que deu a vantagem ao time da Georgia no critério de desempate. Na terça-feira desta semana, saberemos se o Boston também passará, já que agora o time depende de resultados nos jogos entre Bucks e Pistons e Magics e Knicks.
Do lado Oeste, Warriors e Rockets já avançaram de fase.
Falando em Copa…
O técnico do Detroit abriu o bico contra as noites de back-to-back envolvendo jogos da Copa. JB Bickerstaff, depois de perder pros Sixers no sábado, disse que o time estava exausto e sem forças para competir.
Na sexta-feira, os Pistons jogaram pela copa e venceram os Pacers, garantindo um registro de 3 vitórias e nenhuma derrota na competição. Para Bickerstaff, os jogadores tratam essas partidas como partidas de playoffs no meio da temporada regular. Talvez, essa seja a intenção da Copa, mas o técnico do time do Michigan relatou que foi muito problemático o cenário por causa do restante da tabela.
JB relatou que ficaram presos no aeroporto por causa da neve, só chegaram em casa 4 da manhã e não tinham conseguido dormir até 5, 5h30 do sábado. O calo doeu tanto que o técnico prometeu virar um porta-voz contra essas partidas back-to-back.
“Vou gritar aos quatro cantos e espero que as pessoas prestem atenção e ouçam. Eu acho que a liga fez uma coisa incrível adicionando a Copa (…) Ajustes serão feitos, mas você não deveria jogar um back-to-back depois de jogos (da copa). Os meninos estão competindo (…) para jogar em alto nível e é muito difícil jogar de novo na noite seguinte.”
A fala de JB leva muita coisa a ser considerada. Por exemplo: o nível de competitividade não deveria ser o mesmo para todos os jogos? Sabemos que não é, mas será que tratar esse jogos da Copa como jogos dos playoffs não é mais um erro do que propriamente uma culpa do calendário? Enfim, vamos ver se resulta em algo.
Trinca da Copa
Para finalizar o falatório sobre copa, precisamos questionar: será que o Houston Rockets será um time copeiro? Como falamos acima, o time de Ime Udoka garantiu sua vaga na próxima fase ao vencer o Minnesota Timberwolves na última terça-feira (26).
Em novembro, os Rockets jogaram 16 partidas e perderam apenas 4 (Warriors, Thunder, Bucks e Blazers). E já começaram o mês de dezembro em grande estilo, ao vencer o Oklahoma City por 119 x 116. Ainda com diversas experimentações aqui e acolá, Udoka vai dando cara de competitivo a um time muito jovem e com muito potencial. Será que podem levar pelo menos o caneco da Emirates?
Novembro sem vencer
O mês que foi bom para uns, foi tenebroso para outros. O desastroso Washington Wizards tem muito a agradecer ao Atlanta Hawks, que conseguiu perder duas seguidas para eles no final de outubro. Mas foi só isso. Desde então, o time da capital federal não conseguiu anotar um resultado sequer na coluna da esquerda. Já são 14 partidas sem sentir o sabor da vitória e a primeira semana de dezembro não parece promissora, já que o time enfrenta Cavs, Mavs, Nuggets e Grizzlies.
Lá em Minneapolis…
… o negócio não tá tão bem. Antes de vencer os Clippers na sexta-feira, o time estava enfrentando uma seca de 4 partidas sem vitória. Anthony Edwards, a estrela do bocão, não poupou palavras e, na quarta-feira, disse que o time era molenga.
O Minnesota, depois de ser uma das grandes sensações na temporada e alcançar a final da conferência Oeste, tem sofrido bastante para se manter competitivo. Em meio ao procesos de venda, o time ainda fez partir uma das grandes referências da última década, o ala-pivô Karl-Anthony Towns e, apesar de bons desempenhos aqui e acolá, os substitutos Julius Randle e Donte DiVincenzo não estão conseguindo ajudar a manter o time no topo.
Mais um fora
O Brooklyn Nets tem sido uma considerável (e agradável) surpresa nesse começo da temporada, ao se mostrar competitivo enquanto todos esperavam que o time fosse apenas perder para ter mais chances de pegar o desejado Cooper Flagg no próximo draft. Contudo, a franquia do bairro indie de Nova Iorque sofreu uma grande perda na quarta-feira passada (27), quando anunciou que seu cestinha Cam Thomas ficará de fora das quadras por uma lesão na posterior da coxa. Thomas, que tem médias de 24,7 pontos e 3,4 assistências por jogo, deve ficar de fora por, pelo menos, 3 semanas.
O lixo de um homem
É o achado de outro, como diria o poeta contemporâneo Macklemore. Depois de 920 dias fora da NBA, Elfrid Payton entrou em quadra novamente no dia 20/11. Mas, foi na segunda-feira passada (25), que o armador chamou a atenção de toda liga novamente. Enfrentando o Indiana Pacers, Elfrid anotou 14 pontos, pegou 7 rebotes e embelezou a linha de estatística com 21 assistências, estabelecendo a maior marca individual da temporada.
A temporada mais recente de Payton havia sido em 2020-21, quando jogou 50 partidas pelo Phoenix Suns, sem qualquer destaque. Naquele ano, o armador teve médias de 3 pontos e 2 assistências por jogo. Simplesmente inacreditável.
Invicto
Chegando em dezembro, temos somente um invicto na NBA: Joel Embiid. O pivô camaro-franco-estadunidense não jogou na semana passada e não foi capaz de melhorar seu recorde de 0 vitórias e 4 derrotas. O Philadelphia 76ers venceu o Detroit no sábado e, apesar de não ter contado com sua superestrela, teve a volta do ala Paul George. Os Sixers enfrentam Hornets, Magic (2x) e Bulls até o próximo domingo. Se Joel jogar a semana inteira, já igualará os jogos que participou nessa temporada.
O rei do passe
Falando em assistências, o nosso querido Elfrid Payton viu seu recorde de 21 na temporada logo ser superado por Trae Young. Na quarta-feira (27), nosso armador gelado distribuiu 22 passes para complementar 20 pontos a vitória contra os Cavs. Desde que chegou na liga, o baixinho tem sido um dos principais criadores de situações de pontuação para seus companheiros.
A lista para a deadline vai crescendo
A partir do dia 15 de dezembro, os times poderão trocar os jogadores que assinaram contratos para essa temporada. O momento é de escalada até o prazo final de trocas, que acontece no dia 6 de fevereiro de 2025.
Alguns times já estão recheando as listas de disponíveis. O Utah Jazz, por exemplo, não deve terminar a temporada com alguns nomes como John Collins, Jordan Clarkson e Collin Sexton. Lá no Leste, os Bulls podem ser ativos nas trocas, disponibilizando nomes como Nikola Vucevic, Zach LaVine e Lonzo Ball (pra quem tem fé). O curioso é que nessa semana, até o nome de Josh Giddey apareceu como potencial ativo envolvido em trocas, considerando que o ala-armador tem perdido tempo de quadra e nunca deu sentido à troca efetuada na offseason para obtê-lo.
Os Nets também estão cheio de nomes para vermos partir, o mais quente sendo o veterano Dennis Schröder, que tem despertado interesse de vários times ao redor da liga pelo nível de basquete que tem demonstrado e também por possuir um contrato expirante de 13 milhões de dólares.
Para finalizar, temos uma novela nascente na situação de Zion Williamson. Não sabemos o quão à vontade os Pelicans estão com o ala que mal consegue ficar em quadra. Zion, que recentemente demitiu seus agendas CAA, fechou com Bill Duffy para gerenciar sua carreira. Duffy já cuida de caras como Luka Doncic, Anthony Edwards e Scottie Barnes.
Finalmente, o Miami pode ver partir Jimmy Butler. O ala veterano tem um contrato de 52 milhões para 25-26, mas pode ser chamativo para times que querem competir agora. O Miami tem estado errático nessa temporada e sabemos que paciência não é o forme de Jimmy Buckets.
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